Para duas vozes
Essa será uma canção diferente das que tenho escutado, minha amiga.
Ela não trará a razão seca e quente das de lenho cortado, inútil fardo .
Ela já cortou singrando sua tamanha espera, muito antiga .
E já brotou soando na manhã da selva, aguando o cardo.
Enfeitiçou o ouvido da nação exigente, meu rapaz.
Dilapidou com devida reza a atenção da gente, assim descrente .
E a despeito de ainda não escrita, pura e tenaz .
Mostra jeito de quem manda e grita, tão delinquente .
Jazz, então , no ar, refém, mirabolando um grande rock
Só não há de tocar ninguém, enquanto não houver alguém que a toque.
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- Published:
- outubro 15, 2011 / 2:59 am
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