Para duas vozes

Essa será uma canção diferente das que tenho escutado, minha amiga.

Ela não trará a razão seca e quente das de lenho cortado, inútil fardo .

Ela já cortou singrando sua tamanha espera, muito antiga  .

E já brotou soando na manhã  da selva,  aguando o cardo.

Enfeitiçou o ouvido  da  nação exigente, meu rapaz.

Dilapidou com devida reza a atenção da gente, assim descrente .

E a despeito de ainda não escrita, pura e tenaz .

Mostra jeito de quem manda e grita, tão delinquente .

Jazz, então , no ar, refém, mirabolando um grande rock

Só não há de tocar ninguém, enquanto não houver alguém que a toque.


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