Mensagem na Garrafa
Impresso no banco estando, um desconforto na imaginação
parece mudar a topografia de cada delírio, a tipografia de cada ilusão.
E no derradeiro devaneio viro-me de lado
Mas puramente continuo a flutuar nessa imensidão oceânica.
Portas cerradas
Portos cifrados
Que mais dizer se não que minha tenebrosa parte em nossa realidade é esse atlântico,
no qual, por muito nele mergulhar, aprendi
a ver e apreender em frio cântico seu sombrio interior.
O poema jaz molhado,desfigura-se manchado.
Não faz mal, pois a embriaguez de meu soturno e vil pesar
trará sempre garrafas às mensagens de meu cantar.
Mas antes de tornar, retornar e reentornar:
Um brinde ao copo cheio
e ao peito vazio.
Para minha amada Cecília de Vigo,
De um náufrago entre as Brasas e as Luses do dia seguinte.
About this entry
You’re currently reading “Mensagem na Garrafa,” an entry on Genealogia das Mariposas
- Published:
- setembro 24, 2011 / 3:50 pm
- Categoria:
- Uncategorized
- Tags:
1 Comentário
Jump to comment form | comment rss [?] | trackback uri [?]